sexta-feira, 7 de julho de 2017

Você sabia?


No dia 12 de janeiro de 2016, a capital paraense completou 400 anos. A cidade das mangueiras, ao longo dessas 4 décadas,  tem se destacado por sua arquitetura, cultura, gastronomia, economia e história diferenciada.  Em matéria publicada, o G1 listou 10 fatos e curiosidades envolvendo a cidade de Belém, todas pontuadas e mais detalhadas por nós, a seguir:

1. Fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco em 1616, a cidade de Belém nasceu sob o objetivo dos portugueses em proteger a entrada da Amazônia de holandeses, franceses, ingleses e irlandeses, tanto que a primeira construção foi o Forte do Presépio, que funcionava como base militar de vigilância.
Atualmente, Belém é conhecida como a “cidade das mangueiras” pela quantidade de mangueiras em vias públicas, e/ou “cidade morena”, devido a chamada miscigenação entre portugueses, indígenas e negros. Além disso, possui pouco espaço para expansão, haja vista que é cercada por nossas águas.

2. Ponto marcante da cidade, o mercado do Ver-o-peso foi fundado a 388 anos e até hoje está em pleno funcionamento. Segundo o DIEESE, entre os produtos mais vendidos estão o açaí, com cerca de 30 toneladas produzidas por ano; Produtos hortifrúti, com aproximadamente 30 toneladas por mês; e o pescado, com média de 15 toneladas por dia.
O espaço já foi eleito uma das 7 maravilhas do Brasil, e atualmente é a maior feira livre da América Latina e uma das principais atrações turísticas do estado do Pará, devido a pluralidade de cheiros (e também odores), sabores, cores, indivíduos e sua arquitetura europeia. Também possui como particularidade o seu abastecimento, uma vez que seus produtos são transportados diretamente dos interiores, via baía do Guajará.

3. O Ciclo da Borracha, entre o final do século XIX e começo do século XX, trouxe Belém para o cenário comercial nacional e internacional. Nesse momento, foram erguidas construções luxuosas na capital paraense, como o Palácio Lauro Sodré, o Palácio Antônio Lemos, o Theatro da Paz e o Cinema Olympia (O mais antigo ainda em funcionamento no país), que fizeram nossa capital ser considerada uma das mais prósperas do mundo, devido a sua localização litorânea e presença de residências de seringalistas, casas bancárias e outras importantes instituições. Porém, como triste marco da história, aumentou também o comércio e trabalho escravo, principalmente de negros trazidos diretamente do continente africano.

4. O arquiteto italiano Antônio José Landi, professor de arquitetura em Bolonha radicado em Belém, foi responsável pela maioria das grandes construções e interferências na cidade, como a igreja da Sé, a igreja do Carmo e o Palácio Antônio Lemos.

5. Belém é composta por 39 ilhas que, somadas, representam 65% do território de Belém. Nestes locais a principal atividade econômica é a coleta do açaí.   
Atualmente o Açaí é o segundo produto mais consumido no estado do Pará, e possui para alguns indivíduos, uma oportunidade ímpar de garantir o seu sustento e sobrevivência diária, por mais que em alguns casos, os retornos financeiros sejam consideravelmente ínfimos.

6. O açaí consumido em Belém possui um diferencial para o que é vendido no resto do Brasil: Aqui, o vinho da fruta é apreciado pelos paraenses em sua forma pura, com ou sem açúcar, acompanhado por alimentos distintos como a farinha, o peixe frito, o camarão ou a carne seca.

7. Belém foi palco de uma das maiores e mais autenticas revoluções populares do país: a Cabanagem. Liderados por Antônio Vinagre, os revolucionários chegaram a tomar conta da cidade em 7 janeiro de 1835, quando o presidente da província Lobo de Souza foi assassinado na frente do palácio dos governadores.
Como causas da revolta, foram apontadas a extrema miséria do povo paraense abandonado pelas políticas públicas e a irrelevância política do estado posteriormente ao momento da independência do Brasil.
Os principais atores foram os pobres, ribeirinhos, negros escravizados ou não, mestiços, índios e alguns fazendeiros da elite, que se sentiam excluídos das decisões políticas.

8. O papa João Paulo II visitou Belém em 1980, onde realizou uma missa a céu aberto. No local foi erguido um monumento em sua homenagem, e a rua foi batizada com seu nome.

9. Em todo segundo domingo de outubro é celebrada em Belém a procissão do Círio de Nazaré, uma festa católica que reúne mais de 2 milhões de pessoas em um trajeto de 3,6 km pelas ruas da capital paraense.
A celebração de devoção a Nossa Senhora de Nazaré, é a maior festa cristã do país e maior procissão católica do mundo, sendo realizada desde 1793.

10. Belém foi a sede da primeira igreja da Assembléia de Deus no Brasil, após a chegada dos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren em 1910. A cidade se tornou o berço pentecostal evangélico e hoje possui o evangelismo como sua segunda religião mais praticada.

Fontes utilizadas:

http://g1.globo.com/pa/para/belem-400-anos/noticia/2016/01/belem-completa-400-anos-veja-fatos-e-curiosidades-da-capital-paraense.html

http://cclbdobrasil.blogspot.com.br/2010/09/e-assim-nasceu-belem-do-para.html

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Você sabia?


Criada em 31 de Janeiro de 1934, a Escola de Samba Rancho Não Posso Me Amofiná, com suas cores azul e amarelo, surge dos seios da população Jurunense, com o papel de levar igualdade social a toda comunidade através do carnaval. Sua própria sede, até hoje, se constitui como um espaço de interação cultural e popular, onde saberes de ribeirinhos, mestiços, caboclos e negros, reais ou imaginários, são criados e recriados.

Essa relação entre a Escola e os jurunenses é bastante estreita, pois nasceu durante o séc. XVII, a partir de difíceis encontros entre sujeitos da cidade e dos interiores, e suas necessidades de se expressar em um momento extremamente complicado, uma vez que a pobreza tomava conta. Não havia saneamento, água encanada, transporte público etc.

Somente no século XX, com a criação da Estrada Nova, atual Avenida Bernardo Sayão, intensificaram-se os encontros e, por conseguinte, as relações culturais. Moradores e transeuntes, que se sentiam abandonados pelo poder público, criavam e recriavam suas identidades em meio a formas de sobrevivência em um espaço tão limitado.

Foi a partir dessas dificuldades que se percebeu a importância de criar organizações sociais que dessem voz e entretenimento a população. Como exemplos, temos a agremiação esportiva São Domingos Esporte Clube, que fundada em 1915, além de jogos de futebol, sediava também, bailes de carnaval, festas juninas e outras expressões populares; e a primeira rádio do Pará, atual Rádio Clube, criada em 1928.  Nesses locais, várias matizes, homens, mulheres e crianças.

Engendrado em 1934, em meio a essa efervescência cultural, o Rancho Não Posso Me Amofiná surgiu como um primeiro espaço específico para determinadas atividades, como, por exemplo, ensaios, cantos e batucadas. Sem distinções de cor de pele, gênero, nível social etc, a população se sentia mais íntima e passou a vivenciar culturas e saberes na própria sede da escola.

Por fim, a Escola desfilou pela primeira vez já em 1934, e trouxe elementos que a identificavam como uma Escola de samba: Surdos, pandeiros, barricas, chocalhos, cuícas, tamboris, baianas (homens vestidos de mulher) e o samba. A Escola já desfilava completa: com abre-alas trazendo o nome do Rancho, baianas, músicos, porta-estandarte, fantasias de diabos, reunindo homens, mulheres, diferentes sujeitos, para brincar, aprender e ensinar coletivamente. Esse conjunto marcou o início da primeira Escola de Samba em Belém do Pará. Atualmente está no Grupo 1, que equivale à primeira divisão do Carnaval de Belém, totalizando 27 títulos do Carnaval.

Endereço: Tv. Honório José dos Santos, 758
Bairro: Jurunas, CEP: 66033-343
Cidade/Município: Belém, PA

Contatos: (91) 3272 0918

Categoria: Escolas de Samba em Belém

Referências utilizadas:

SANTANA JUNIOR, L. N.. Quem é do Rancho tem amor e não se amofina: Saberes e cultura Amazônicos presentes nos samba-enredos da Escola de Samba Rancho Não Posso me Amofiná. 2008. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).

TEIXEIRA, T. S. C.. Samba de combate e o combate ao samba: Os sambas produzidos por compositores negros da escola de samba rancho não posso me amofiná ( 1938-1946). Revista tempo amazonico, v. 1, p. 15-33, 2014.

Memórias de Gaveta: prostitutas entre objetos e falas


Continuando a trajetória das exposições curriculares do curso de Museologia da UFPA, a turma de 2009 trouxe como tema “Memórias de Gaveta: prostitutas entre objetos e falas”.
A exposição ocorreu no ano de 2014, na Galeria César Leite - Complexo do Vadião da UFPA, com abertura no dia 9 de Junho, e visitação até o dia 20.


Falas destacadas de entrevistas gravadas e objetos particulares cedidos pelas profissionais do sexo, que atuam na zona de meretrício do centro de Belém, foram elementos que compuseram a exposição. A mostra pretendeu chamar a atenção para o fato de que todos são dotados de sonhos e aspirações, independente de suas profissões. 

De acordo com estudantes da turma, a exposição teve como intuito atingir as pessoas de diferentes maneiras, que sensibilizassem a pensar nas prostitutas como produtoras e detentoras de memórias, e não necessariamente relacionadas somente ao trabalho, mas aos amigos, familiares, histórias de vida e sonhos, contribuindo, assim, para vencer o preconceito.




#ExpoAutoDoCirio #AutoDaGente #AutoDoPovo#AutoDoCirio #Museologia #MusemWeek #IBRAM#Exposicao #UFPA #FAV

Saiba mais:http://www.ormnews.com.br/noticia/exposicao-traz-relatos-de-profissionais-do-sexo-de-belem
https://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=9158

TECNO BREGA: A batida que vem do norte







       A primeira exposição curricular realizada pelos discentes do curso de Museologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) da Turma de 2009 ocorreu no ano de 2013, intitulada “TECNO BREGA: A batida que vem do norte”, resultado do projeto da disciplina Exposição Curricular.

Esta apresentou o fazer cultural e artístico dos sujeitos envolvidos com o Tecnobrega, ritmo musical que possui suas origens ligadas à periferia da capital paraense. A narrativa abordou desde a história do ritmo que teve início com o Brega na década de 90, até chegar as aparelhagens dos dias atuais. O tema foi escolhido devido a expansão do ritmo, sendo conhecido nacionalmente.


O tema também foi pensado com intuito de problematizar os preconceitos que se tem sobre o ritmo. Sobre isso, Jadson Silva, estudante de Museologia e um dos idealizadores do projeto juntamente com a turma de 2009 do curso de Museologia da UFPA, afirma que “O tecnobrega ainda é muito marginalizado mesmo no Estado do Pará. Constantemente, vemos pessoas que atribuem o tecnobrega ao banditismo, à marginalização, ao roubo e a uma série de outras coisas. Mesmo pessoas já esclarecidas, que frequentam a academia, que estudam autores que falam sobre o respeito, que tratam a questão patrimonial, que procuram estudar muito mais com as comunidades, mesmo essas pessoas, de certa forma, acabam não percebendo a potência que é o tecnobrega”.



O acervo foi composto por vinis, fotos, revistas, CDs e figurinos dos artistas regionais. A exposição proporcionou o público experimentar algumas roupas e ouvir determinadas músicas.

A exposição ocorreu durante o período de 13 a 29 de março de 2013, e foi montada na galeria Cesar Moraes Leite, no Vadião da UFPA.

Saiba mais: https://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=7295
http://www.ica.ufpa.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1363%3Aexposicao-reune-vinis-fotos-revistas-cds-e-figurinos-do-tecnobrega&catid=50%3Aufpa
http://tecnofragmentos.blogspot.com.br/2012/

#ExpoAutoDaGente

sexta-feira, 26 de maio de 2017





CHAMADA DE EDITAL PARA SELEÇÃO DE TRABALHO ARTÍSTICO: EXPOSICAO CURRICULAR “AUTO DO CÍRIO DO POVO DA GENTE”

       A turma de Museologia 2014, contemplada com V Premio PROEX de Arte e Cultura e responsável pelo desenvolvimento da Exposição Curricular a ocorrer no ano de 2017, traz ate os discentes das áreas de Linguagens Visuais o Edital Para Seleção de Trabalho Artístico. Para ajudar a compor a narrativa expográfica, o selecionado irá realizar um trabalho mural através de técnicas bidimensionais a sua escolha no local do referido evento (Sala Expográfica do Prédio Anexo da Faculdade de Artes Visuais FAV) aonde esteje representada as 5 principais paradas do Auto do Círio.

    Se interessou? Então para mais informações, duvidas:
     Pagina do Facebook: “Exposição: Auto do Círio do Povo da Gente”
     E-mail: expoautodocirio@gmail.com


sexta-feira, 19 de maio de 2017

Auto do Círio Do Povo Da Gente



         O Curso de Museologia da Universidade Federal do Pará e a turma 2014 apresentam a
Exposição Curricular: Auto do Círio Do Povo Da Gente.

           
        O Auto do Círio é um evento pertencente ao circuito das comemorações do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, Pará. Criado com o objetivo de revitalizar culturalmente o Centro Histórico da cidade, atravessa a programação das procissões à Virgem, possibilitando o exercício da prática do ensino das Artes através do teatro de rua.
Desde 1993, este espetáculo, concebido pelo Núcleo de Artes da UFPA, hoje Instituto de Ciências da Arte (ICA), reúne diversas manifestações, em um enredo dinâmico que integra elementos culturais católicos com os de matrizes africanas, indígenas, os de performances de gênero, além de componentes da música e da cultura regional, reunidos em uma estética carnavalesca. Por meio de estandartes, figurinos, maquiagens, adereços esplendorosos e instrumentos musicais, é possível ao participante  ter a liberdade, não apenas religiosa, para demonstrar sua devoção à Santa através de suas próprias escolhas.
O caráter múltiplo deste cortejo se reinventa a cada edição, característica esta que o torna continuamente singular. Por este motivo, a presente exposição traz elementos de grande valor simbólico para que o visitante ora conheça, ora se reconheça, podendo assim ele mesmo construir sua compreensão.

Seja por meio de narrativas, objetos, imagens e material audiovisual, esperamos que cada um possa acessar os múltiplos pertencimentos e expressões de fé. Sem dúvidas, estes componentes relacionam um toque de sagrado e um toque de profano, e nos informam que o “distante” pode estar mais próximo do que podemos perceber.